quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Jogo dos 7 acertos" - sessão de terapia ocupacional usando recursos sensoriais

Toda criança precisa de brincadeiras que explorem os sentidos e imaginação!
Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Quem consegue visualizar 7 coisas legais que utilizamos na sessão de hoje na terapia ocupacional?
Pois é, estão bem aí, nas nossas mãos, no nosso dia-a-dia. Objetos descartáveis ou alguns que podem até serem usados de outra maneira do que habitual. Tudo com intuito de tornar sensorialmente rica a brincadeira e a criança sair da sessão feliz e organizada.
Sim, muitos recursos sensoriais servem para a criança conhecer seu corpo e relacionar às qualidades físicas do meio no sentir, fazer e pensar.
Brincadeiras sensoriais, se bem escolhidas, ajudam também a organizar o estado de alerta e de atenção, refinar as habilidades motoras e perceptivas, além de serem prazerosas.
Algumas crianças precisam mais destas brincadeiras do que outras, principalmente as que apresentam alterações no processamento sensorial.

Respostas dos 7 acertos:
1- para algumas crianças é recomendável um recurso com limite estabelecido, conteúdo/continente, fora/dentro, poder ficar/poder sair. Assim cria uma zona de conforto e território para brincadeira - nesse caso, a piscina inflável que no começo estava vazia.
2-os materiais podem ser colocados ao poucos permitindo que a criança processe, no tempo que for possível para ela, a construção do espaço da brincadeira
3- ainda sobre espaço: uso de recipientes de formas diferentes e,
4- de transparências diferentes
5- de cores diferentes
6- de tamanhos diferentes
7- de texturas diferentes

xi.... já foram escolhidas 7 coisas legais e ainda tem tanta coisa para elencar!
Vai a dica: adapte os materiais de acordo com a necessidade sensorial da criança, mas prepare as ofertas para incentivar a mudança de hábitos e novas aprendizagens.
Fica o espaço para imaginação e habilidade de cada um em tornar lúdica e interessante esta brincadeira.

Lembre que:
há o que é comum a todos e o específico para cada necessidade e desejo. Não necessariamente um exclui o outro, mas sim, quase sempre, se complementam! 
Este é o lema da inclusão mas serve para vida de qualquer um.

Você pode também querer ler sobre brincando na terapia de integração sensorial


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Receita de massinha de modelar comestível

Massinha de modelar é, e sempre será, bem vinda na brincadeira de toda criança!
É um convite a explorar os sentidos, o corpo e a imaginação.
Faz bolinhas, cobrinhas, fura, estica, encolhe, separa, junta, cheira...e às vezes pode comer. Por isso que,  por prevenção, é bom ser comestível. Não que se deva deixar a criança comer, pois desde pequena ela deve aprender o que pode e o que não pode comer. Mas caso acidentalmente ocorra, não precisa se desesperar.
Esta massa de modelar é feita só com ingredientes comestíveis.
Ela fica numa consistência cremosa e tem uma boa durabilidade se for guardada no plástico.
Contém glúten e, é bem salgadinha. Infelizmente não sei quem a inventou, mas com certeza é para ser compartilhada.

Faça você mesmo!


INGREDIENTES
-2 colhs(chá) de óleo
-2 colhs(chá) de cremor tártaro
-1 xic de farinha trigo
-1/2 xic de sal
-1 xic de água
-pigmento para alimento (ex.anilina para bolo)

MODO DE FAZER
Misturar numa panela primeiro os ingredientes secos. Colocar a água e o pigmento, cozinhar em fogo médio até dar o ponto de bala. Deixar esfriar. Guardar em saco plástico fechado.


Tenha sempre em casa opções de materiais para a vivência dos sentidos e transformação. Boas brincadeiras!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vídeo: “Mi hermanito de la Luna” - um olhar belo da irmã de uma criança do espectro do autismo


Precisamos desenvolver esta pureza para viver com as diferenças.


Terapia Ocupacional com crianças que têm dificuldades em brincar - reflexões

Este post surgiu a partir de uma sessão que senti ser um bom encontro. E se tornou um desejo de refletir e compartilhar com outras terapeutas ocupacionais que acompanham crianças que apresentam dificuldades em iniciar, manter e/ou finalizar brincadeiras.



Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Olhares atentos e escuta fina...
Algumas vezes é preciso brincar em 4 mãos, mas sem esquecer que são dois corações, dois sujeitos.
Um dos exercícios em ser terapeuta ocupacional é refinar a escuta, de si mesmo e do seu par.
Outro exercício é provocar situações lúdicas sem tolher o nascer do brincar autêntico da criança.
É preciso estar sintonizado para sentir o que se anuncia.
Sentir os gestos, o modo, as inquietações, e por que não, o conforto.
Procurar um lugar e tempo de organização no qual quando for para falar, se fala ou quando for para calar se sente no ambiente aquele silêncio que aos desacostumados pode ser inquietador mas aos afortunados pode ser acalentador.

Comece pelo simples e concreto: brinque com o corpo. 
Preste atenção ao seu tônus quando você estiver brincando com a criança. Saiba que a dupla pode interferir mutuamente na regulação do tônus.

Pesquise elementos que ajudam a uma organização primária como os materiais sensoriais. O sentir promove auto-conhecimento e confiança para aprender sobre a realidade.

Introduza aos poucos os brinquedos significativos para a criança. Daí talvez possa nascer o jogo  e o brincar compartilhado. Respeitando o tempo e o modo de cada um.

Lembre-se: fique disponível para usar o seu conhecimento, mas sobretudo fique aberto ao novo e inesperado. Você pode ser surpreendido.

"No caminho é que se vê..."
Na interação é que se sente um bom encontro.