terça-feira, 3 de julho de 2012

A terapia ocupacional com idosos em processo demencial - os fazeres da arte

Pintura livre
Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

Felizmente o avanço nas pesquisas dos processos demenciais tem levado a novas práticas de reabilitação onde a atenção ao idoso ocupa um lugar de destaque, a exemplo da reabilitação cognitiva. Na minha prática, o uso dos recursos artísticos podem ajudar a sustentar a ligação do sentir, fazer, relembrar e aprender, revelando gostos e talentos.


Bandeja com mosaico de pastilhas
 Acredito que ao mesmo tempo em que as ciências médicas pesquisam o que acontece em níveis neurológicos a arte cumpre o papel de formar um campo onde podemos nos relacionar com os idosos, e as mudanças das fases da vida, também pelos aspectos subjetivos como as preferências, estética,  o  prazer de fazer.

Inscrição em argila - I. S., 94 anos
Experimentar e descobrir novas práticas artísticas pode inclusive refletir na revitalização do cotidiano de todas as pessoas envolvidas no processo, mesmo que isto nem sempre fique consciente para o idoso. 
Aliás, tem sido um grande equívoco para alguns em achar que devido aos efeitos da demência como por ex, não poder planejar de forma autônoma, não existe mais o desejo do idoso em escolher.
Nós, que ainda não passamos por esta fase, é que devemos nos trabalhar para poder perceber por onde podemos interagir com pessoas que perderam algumas habilidades  e reconhecer os diversos graus de autonomia e opções adaptativas em que possa haver de alguma forma a participação ativa do sujeito no seu cotidiano.

Pintando mandalas

Vale lembrar que as atividades escolhidas na terapia ocupacional devem ser significativas para o idoso. Ter relação com a história vivida e as preferências.

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